Uma situação inusitada tem criado interpretações precipitadas sobre o anúncio feito no início da semana pelo Governo Federal que irá destinar recursos extras para as prefeituras de todo o país. A questão é que, a ajuda vem acompanhada de mais uma drástica redução nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que em sua grande maioria, é o responsável pela sobrevivência financeira de grade parte das cidades paraibanas.
No caso do município de Lagoa Seca, que tem aproximadamente 30 mil habitantes, a queda nos recursos representam mais de 20% do montante total comparando os meses de novembro de 2016 e 2017.
A situação tem literalmente tirado o sono do atual gestor do município que não esconde ter que fazer verdadeiros malabarismos para conseguir quitar os vencimentos com os trabalhadores. “Sinceramente, nós não entendemos como é que o Governo anuncia que ira ajudar os municípios e continua reduzindo os recursos do FPM. Desde junho, as quedas nos repasses de Lagoa Seca e da maioria das cidades são assustadoras. Alguns prefeitos conseguiram pagar a folha de outubro agora, dia 20 de novembro, e não sabem o que vai fazer para quitar os vencimentos do final do ano. Sinceramente, tem ficado muito difícil garantir a governabilidade nos pequenos municípios” esclareceu Fábio Ramalho da Silva (PSDB).
Lagoa Seca deve receber aproximadamente R$ 422 mil do duodécimo anunciado pelo Governo Federal, no entanto, somente neste mês de novembro, o município perdeu mais de R$ 255 mil com as reduções do FPM.
“É dar com uma mão e tirar com a outra. Esse tipo de anúncio de ajuda financeira tem mais efeito político do que qualquer outra coisa. Anuncia que vai ajudar, mas reduz os repasses que as cidades já deveriam receber por direito. É totalmente incompreensível” completou o prefeito de Lagoa Seca.