A Secretaria de Agricultura e Abastecimento promoveu, nesta quarta-feira (17), reunião para planejar a distribuição de aproximadamente 100 mil raquetes de palmas forrageiras entre agricultores de Lagoa Seca.
A ação é fruto de parceria da prefeitura e Secretaria Estadual do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (SEDAP). O objetivo é fomentar campos de plantações da palma forrageira, usando tecnologias sustentáveis e criando base alimentar para os animais.
Produtores rurais interessados no plantio devem procurar a Secretaria de Agricultura e Abastecimento para conseguir as raquetes. Por meio de solicitação, a equipe técnica da pasta garante orientar e acompanhar o cultivo da palma, como fez com os dois agricultores que se dispuseram a plantar as mudas e doar.
Ambos os produtores, com terras nas comunidades Araçá e Gruta Funda, emprestaram 1 hectare de seus roçados para a semeadura. À epoca, os agricultores também ganharam os insumos (uma espécie de kit composto por placa de energia solar, bomba submersa e tubos de irrigação, do tipo gotejamento). A Secretaria de Agricultura e Abastecimento esteve coordenando as etapas e dando diversas condições para uma boa colheita.
Com a reunião desta quarta, ocorrida no Sindicato dos Trabalhadores Rurais, a expectativa é difundir essa cultura e possibilitar o acesso da palma forrageira a homens e mulheres do município. Entre as autoridades presentes na ocasião estiveram o secretário Nelson Anacleto e a engenheira agrônoma e diretora do Departamento de Meio Ambiente, Nohanna Andrade.
A riqueza da palma forrageira para o nordeste brasileiro
Nohanna explica que o principal alimento usado pelos produtores e criadores para alimentar seus rebanhos é a palma forrageira, por conta de suas características de adaptação em solos rasos, deficientes em água e matéria orgânica.
Ela garante que dentre as inúmeras vantagens do cultivo da palma forrageira destaca-se a produção elevada da massa de forragem – fonte de alimento para os animais na época seca, pois é adaptada às condições adversas do Nordeste. A engenheira agrônoma diz, ainda, que isso acontece devido à planta suportar períodos de estiagens prolongados, bem como possuindo características no processo fotossintético que resulta em grande economia de água.
Redução dos custos e geração de renda
Além disso, a palma forrageira pode ser uma opção acessível e econômica para a alimentação animal, pois supre diversos recursos diários em apenas um cultivo. Em seu próprio terreno, o produtor pode reduzir os custos com a compra de suplementos, bem como gerar renda a partir da agroindustrialização. A fabricação de xaropes, bebidas alcoólicas, doces e conservas são uma opção. Ainda é possível produzir o corante carmim e cosméticos, como xampus, sabonetes e loções para o corpo. Tudo isso por meio desse proveitoso vegetal.