Se por um lado as chuvas que têm caído na região dão alegria e esperança de fartura ao homem do campo, por outro, a atenção precisa ser dobrada quando o assunto é mobilidade nas estradas e barragens quase estourando. Realidade encontrada nas últimas semanas em Lagoa Seca.
Para atender às demandas de quem mora na zona rural do município, a prefeitura começou a intensificar o trabalho de alargamento de algumas barragens – consideradas mais críticas devido ao grande volume d’água. A missão é abrir caminho para o líquido e afastar o risco do reservatório transbordar e romper.
As primeiras comunidades beneficiadas com o maquinário foram Rosa Branca e Chã do Marinho. Toda operação está sob comando da Defesa Civil, Departamento de Estradas e Rodagens e Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
Segundo o mais novo balanço do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) neste último domingo, Lagoa Seca se enquadra na lista de cidades dentro do “alerta amarelo”, conceituado pelo perigo potencial de chuvas. A recomendação do Inmet é de que em caso de rajadas de vento, pessoas não se abriguem debaixo de árvores, uma vez que há leve risco de queda e descargas elétricas, bem como o não estacionamento de veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.
Nesta segunda-feira uma árvore localizada às margens da BR-104, sentido Campina Grande, tombou e, por pouco, não causou acidentes. A Defesa Civil fez o corte e retirou a árvore, evitando transtornos no trânsito local.
A prefeita Dalva Lucena falou sobre a preocupação da gestão municipal frente aos possíveis desdobramentos das fortes chuvas. “Como a gente vê e acompanha, a situação está delicada. Precisamos desse manancial tão valioso, embora em grande quantidade pode causar danos. De todo modo, nosso governo está atento a tudo e segue atuando para agir dentro do que é possível”, garantiu.
Reparos de estradas
A prefeitura segue avançando – de maneira cautelosa e paulatina – buscando reparar certos trechos concentrados em áreas rurais, onde o acesso e a locomoção estão mais danificados. Em alguns setores, como Rosa Branca e Chã do Marinho, a máquina retroescavadeira já começou a abrir caminhos, inserindo aterro a fim de diminuir buracos e atoleiros.
“Não faz sentido, devido às chuvas, mexer nessas estradas, querendo recuperá-las, pois ficarão intransitáveis. Nossa missão é ir até àquelas áreas vistas como emergência”, avaliou o coordenador da Defesa Civil, Lagoa Seca.