Para ampliar a qualidade do serviço público na área da saúde e agilizar a fila de espera de pessoas que necessitam de consulta com médico neurologista, a Secretaria de Saúde promoveu (16) mutirão e atendeu 40 pacientes na manhã deste sábado nas instalações da Policlínica Manoel Jácome.
Os usuários já haviam agendado suas consultas, e os atendimentos que estavam marcados para meados de outubro foram remanejados para hoje. Com o mutirão, fica mais fácil a prefeitura abrir agora novas vagas as quais surgirão em breve, inclusive com outras especialidades clínicas, dependendo da demanda.
A diretora da Policlínica Manoel Jácome informou que os casos deste sábado envolvem os mais diversos encontrados na neurologia, entre eles crianças autistas, cidadãos com alguma sequela de Acidente Vascular Cerebral (AVC), isquemia cerebral e outros.
Uma programação foi pensada com carinho e preparada para acolher quem buscava ajuda médica, isso porque segue acontecendo a campanha do Setembro Amarelo – mês dedicado à prevenção contra o suicídio. A psicóloga da policlínica, Fernanda Venâncio, realizou um momento de acolhimento e conversou com os pacientes, destacando o cuidado com as doenças mentais, além de orientar onde a pessoa pode recorrer a profissionais da saúde no sistema público de Lagoa Seca.
Representante comercial, Riceli Gomes foi um dos atendidos ao lado do filho pequeno, Ravi Leandro. Ambos vieram pela terceira vez e comentaram a relevância de ser oferecida a consulta. “É a primeira vez que vejo um atendimento no sábado, e só quem ganha é a população. Eu não tenho o que reclamar, só agradecer o trabalho que vem sendo feito na policlínica de Lagoa Seca”, disse.
O caso de pai e filho é diferente da aposentada Maria do Carmo Soares, que, embora rotineiramente seja acompanhada pela equipe de saúde da policlínica, foi a primeira vez assistida clinicamente pelo médico neurologista da unidade. “Eu não consigo dormir bem à noite, tomo medicações, sinto alguns cansaços, coisas assim. Vou passar pelo doutor e escutar o que ele tem a dizer”, relatou a idosa moradora da comunidade Floriano em conversa com a equipe de comunicação antes de entrar na sala médica.
Outra família presente no mutirão partiu do sítio Oiti em busca de entender o comportamento do filho Gabriel, de apenas 5 anos de idade. Segundo a mãe do menino, Nilza de Sales, que também estava acompanhado do marido José Clóvis, o diagnóstico é essencial para a qualidade de vida da criança. “Ele ficava muito agitado, correndo muito, batia na própria cabeça e tem dificuldades na fala. Então procurei o neurologista para saber se ele [Gabriel] tem autismo, e hoje vou saber”, pontuou a mulher.
Para a chefe da policlínica, Danielle Medeiros, a gestão municipal está empenhada em sempre oferecer apoio à população. “Estamos nos programando com outras especialidades, porque tudo acontece justamente de acordo com a demanda. Então as especialidades que o município vê que estão ficando lotadas e que as vagas disponíveis não estão sendo suficientes, a gestão está preocupada em trazer assistência à população.”